quarta-feira, 2 de maio de 2012

Número de fumantes no Brasil cai para menos de 15% pela primeira vez

A queda do número de fumantes no Brasil para 14,8% , é a primeira vez que o número cai para menos de 15% - foi uma das boas notícias da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2011, divulgada na terça-feira, 10, pelo ministério da Saúde. O índice dos que fumam mais de 20 cigarros por dia também caiu e está em 4,3%. O governo comemorou ainda o crescimento do número de mamografias feitas por mulheres entre 50 e 69 anos de 2007 até agora. A pesquisa coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

Entre os homens, o percentual de fumantes ficou em 18,1% e entre as mulheres, 12%.Entre aqueles que fumam 20 cigarros ou mais por dia, 5,4% são homens e 3,3, mulheres. Os homens, em compensação, estão deixando mais o cigarro: 25% se declararam ex-fumantes, enquanto 19% das mulheres afirmaram terem sido tabagistas.

 
As capitais onde mais se fuma são Porto Alegre (23%), Curitiba (20%) e São Paulo (19%). No Nordeste estão as capitais com menor incidência de tabagismo entre seus moradores: Maceió (8%), João Pessoa, Aracaju e Salvador (todas com 9%).
O percentual de mulheres dentro da faixa etária preconizada (50 aos 69 anos) que fizeram mamografia nos dois úitmos anos variou de 86% em Vitória a 50% em Rio Branco. A média foi 73,3%. Entre as brasileiras que mais se preocuparam em realizar o exame veem em seguida as soteropolitanas, as curitibanas, as moradoras de Belo Horizonte (todas com 82%), de Florianópolis e as de Porto Alegre (ambas com 81%). Depois das moradoras de Rio Branco, as que menos compareceram aos serviços de mamografia foram as residentes em Belém, Fortaleza (ambas com 62%) e Macapá (61%).

 “Na minha avaliação, tanto a questão do tabagismo quanto da mamografia mostram que o povo brasileiro adere sim às medidas de acesso à saúde”, apontou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O índice de mulheres entre 25 e  59 anos (faixa etária anteriormente preconizada, atualmente ampliada até os 64 anos) que fizeram o exame preventivo ginecológico nos últimos três anos foi de 80,5%. A variação foi grande entre as com até oito anos de estudo (76,9%) e as com mais de 12 anos de instrução (89,6%). Entre as mais assíduas estão as paulistas , curitibanas (ambas com 90%), as moradoras de Florianópolis (89%) e as de Porto Alegre (87%). As que mais deixaram de fazer o exame foram as moradoras de Maceio (68%), João Pessoa (71%), Teresina e Macapá (ambas com 72%). 

Não houve variação no índice de consumo abusivo de álcool ao longo dos seis anos em que a pesquisa tem sido feita. Entre os homens o percentual é de 26% e entre as mulheres, de 9%, perfazendo média de 17% dos brasileiros.
O dado negativo é que quase metade da população brasileira está acima do peso. De acordo com o estudo, o percentual passou de 42,7% em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

O levantamento, divulgado anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011 foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.

O ministério da Saúde considera acima do peso as pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) mais alto que 25. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Acima de 30 no IMC a pessoa é considerada obesa.

“Existe uma tendência de aumento de peso e da obesidade no País. Agora é a hora de virar o jogo para não chegarmos a países como os Estados Unidos, que têm mais de 20% de sua população obesa”, afirmou Padilha, em coletiva de imprensa.

Ele citou acordos feitos no ano passado entre o governo e a indústria de alimentos e escolas para a redução de sal e gordura na comida. O ministro defendeu ainda a criação de "espaços de saúde", com máquinas para exercícios em áreas públicas.

O levantamento revela que o sobrepeso é maior entre a população masculina. Mais da metade dos homens – 52,6% – está acima do peso ideal, enquanto 44,7% das mulheres apresentam sobrepeso. A pesquisa mostra ainda que o excesso de peso entre homens começa na juventude. Entre os que têm entre 18 e 24 anos, 29,4% já estão acima do peso. Na faixa etária entre 25 e 34, 55% da população masculina apresenta excesso de peso. A porcentagem sobre para 63% entre 35 e 44 anos.
Já entre mulheres jovens (entre 18 e 24 anos), 25,4% apresentam sobrepeso. A proporção aumenta para 39,9% entre 25 e 34 anos e mais que dobra entre brasileiras de 45 a 54 anos (55,9). “Agir sobre as crianças e adolescentes é fundamental para prevenir uma população obesa”, afirmou o ministro.

Alimentação

 
Alimentos rico em gordura

Segundo Padilha, um dos fatores do aumento do excesso de peso e da obesidade no Brasil é o consumo de alimentos gordurosos. A pesquisa do Ministério da Saúde revela que 34,6% dos brasileiros comem em excesso carnes com gordura e mais da metade da população (56,9%) bebe leite integral regularmente.

Além disso, 29,8% dos brasileiros consomem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Por outro lado, apenas 20,2% ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças.

“Alimentar-se bem é o primeiro passo para ter uma qualidade de vida saudável. Temos que ter maior oferta de produtos industrializados saudáveis. No tocante aos supermercados, o objetivo é colocar produtos saudáveis mais visíveis, como o leite desnatado”, afirmou Padilha.



A indústria do tabaco usa aditivos com aromas e sabores para enganar você. Mas o que ela vende mesmo é dependência química, câncer e uma série de outras doenças.
Uma grande parcela do investimento em marketing feito pela indústria do tabaco é direcionada a atrair crianças e adolescentes. Além de embalagens coloridas e com designs elaborados, a indústria introduziu uma ampla variedade de aromas e sabores atraentes, capazes de mascarar o gosto amargo de todos os produtos derivados do tabaco. Ao torná-los mais atraentes e agradáveis ao paladar ou com maior potencial de causarem dependência, esses aditivos aumentam, consequentemente, a possibilidade de causar danos à saúde.

Os aditivos estão nos cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks, bidis e narguilé. Açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, menta, baunilha e chocolate, entre outros sabores, visam mascarar tanto o gosto ruim do tabaco, quanto a irritação e a tosse que sua fumaça provoca; e, assim, facilitar a primeira tragada e o desenvolvimento da dependência à nicotina. Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm maior probabilidade que os adultos de ficar dependentes do tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas.
O único objetivo da indústria ao acrescentar sabores e aromas ao tabaco é atrair você.

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