sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Verão: tempo de estar atento para evitar intoxicações alimentares

O verão é a estação do ano mais propensa a casos de intoxicação alimentar. E é no ambiente doméstico, com a manipulação incorreta de alimentos, onde há maior incidência de casos.



Estudos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado da Saúde, apontam que: 


  • 44% das intoxicações alimentares acontecem em casa, 
  • enquanto que 17% são provenientes de consumo em restaurantes e lanchonetes. 
  • E 67% ocorrem por conta de manipulação ou preparação inadequada dos alimentos. 
  • A má conservação também é outro fator de risco.

Devido a elevada temperatura no verão, as bactérias aumentam com mais facilidade, podendo causar a intoxicação alimentar. Principalmente em ambientes abertos ou em churrasco com amigos, durante a preparação ao ar livre, é difícil controlar a temperatura do alimento, aumentando o risco de intoxicação. Portanto, vamos tomar as seguintes precauções:


■Carnes

Há o risco de estarem contaminadas por vírus, tais como o Escherichia Coli. Portanto ao manusear carnes cruas, utilize utensílios como pegador ou hashi, tomando o devido cuidado para não usar o mesmo talher que estiver utilizando para comer. Por mais fresco que o alimento esteja, evite consumí-lo cru, procurando cozinhá-lo devidamente.

Peixes e frutos do mar

Há o risco de estarem contaminados por bactérias, tais como o Vibrio parahaemolysticus. Procure cozinhá-lo e refrigerá-lo corretamente, pois pode causar intoxicação alimentar química, a Histamina. Que uma vez gerada, não se decompõe, mesmo quando aquecido. E quando for transportar ou armazenar peixes ou fruto do mar, procure resfriá-los com gelo ou ice pack.

Legumes e verduras

É mais seguro consumí-los devidamente cozidos. Ao transportar ou armazenar, procure separá-los das carnes e peixes, para evitar a contaminação. Pode ocorrer também a intoxicação alimentar ao consumir, por engano plantas tóxicas. Portanto, não os consuma julgando conhecer tais vegetais.

Água

Mesmo em água aparentemente limpa, como água de poço e nascente, pode conter a bactéria de intoxicação alimentar ou vírus do E. Coli. Para lavar utensílios de cozinha ou alimentos, recomenda-se a água de torneira.

Preparo do alimento

Diversos tipos de bactérias estão presentes em nossas mãos. Manusear alimentos com as mãos sujas, podem também causar a intoxicação alimentar. Deve-se lavar bem as mãos antes do preparo de alimento. O uso de luvas descartáveis e wrap também são eficazes. 



                                                                                                                                          

Para evitar as Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), a diretora da Vigilância Sanitária (DIVS), Raquel Ribeiro Bittencourt, faz alguns alertas, como descongelar alimentos dentro da geladeira e não à temperatura ambiente, como muitas pessoas fazem para acelerar o processo de degelo. 

Durante a estação quente é mais seguro preparar a maionese sem usar ovos crus. A maionese feita com ovos crus é o principal alimento causador de intoxicação, respondendo por 37% dos casos. E a bactéria salmonela é a principal causadora, com 63% dos registros.

As DTAs são provocadas pelo consumo de alimentos contaminados com bactérias durante a manipulação errada de alimentos. O consumidor deve ficar atento e observar os princípios básicos de higiene, tanto no preparo caseiro quanto na alimentação fora de casa.



Ao preparar uma refeição, o cozinheiro deve primeiro manipular as verduras e só depois preparar as carnes. Desta forma, evita-se a contaminação cruzada. Cuidados básicos como esses evitam a doença. É muito importante notificar o serviço de Vigilância Sanitária do município onde ocorreu a intoxicação e procurar um médico para tratar o problema.


Dicas de Como prevenir


  •  ·Lave as mãos sempre que for preparar ou consumir alimentos após manipular dinheiro e usar o banheiro. Mantenha suas mãos limpas.
  • ·Compre alimentos de ambulantes cadastrados e identificados
  • ·Observe a higiene pessoal do vendedor (cabelos presos, unhas aparadas, vestimentas limpas, etc)
  • ·Dê preferência a frutas e alimentos embalados
  • ·Evite consumir alimentos contendo cremes ou maionese
  • ·Lave as latinhas de bebidas antes de abri-las
  • ·O gelo adicionado às bebidas deve estar na embalagem original do fabricante



  EM CASA
  • ·Durante o preparo, separe os alimentos crus dos demais para evitar a contaminação entre eles
  • ·Embale os alimentos individualmente e guarde-os respeitando a temperatura de conservação
  • ·Lave bem as frutas e verduras com água corrente
  • ·Utilize água potável
  • ·Mantenha as superfícies e utensílios limpos
  • ·Proteja os alimentos de insetos
  • ·Os alimentos perecíveis, especialmente carnes, pescados e seus derivados, devem ser refrigerados ou congelados antes e após o preparo
  • ·Cozinhe bem os alimentos, especialmente os ovos
  • ·Não descongele os alimentos à temperatura ambiente
  • ·Tenha panos de prato para secar a louça e outro apenas para secagem de mãos



DURANTE AS COMPRAS
  •  ·Verifique se há alvará sanitário nos estabelecimentos
  • ·Os produtos de origem animal devem possuir selo de inspeção
  • ·Siga as recomendações de conservação e preparo, contidas nos rótulos dos alimentos
  • ·Os alimentos sem embalagem devem estar protegidos de insetos e poeira
  • ·Com supermercados cheios, deixe por último os alimentos congelados ou resfriados, para que mantenham a temperatura correta até chegar em casa. Caso contrário, se possível, use um recipiente térmico.



EM RESTAURANTES, BARES E LANCHONETES

  • ·Verifique se o estabelecimento possui Alvará Sanitário
  • ·Observe a limpeza do local
  • ·Preste atenção na organização do ambiente e na higiene dos atendentes
  • ·As comidas de bufê, para o consumo imediato, devem ser conservadas bem quentes (acima de 65°C) ou bem frias (inferior a 5°C)
  • ·Opte por carnes e pescados bem cozidos


FUJA DA INTOXICAÇÃO ALIMENTAR NO VERÃO

Pode reparar que muita gente começa o verão cheio de alegria e logo passa pela turbulenta fase da intoxicação alimentar. Você pode evitá-la seguindo as dicas abaixo:


  • – Mantenha a comida refrigerada, seja na geladeira, bolsa térmica ou isopor, afinal, nem toda comida aguenta ficar fora da geladeira por muito tempo, por mais que o sabor permaneça aparentemente o mesmo.
  • – Nem todo mercado cuida bem dos produtos refrigerados, então fique atento. Se reparar poças ou gotículas de água nas prateleiras, evite comprar, pois isso mostra que o freezer não está regulado.
  • – Leve seus próprios alimentos à praia. Escolha frutas e biscoitos, que são práticos e não costumam exigir refrigeração. Melhor ainda se você escolher frutas ricas em água, assim você também evita a desidratação.
  • – Se não tiver como levar sua comida de casa, fique de olho nas barraquinhas de praia. Repare nos funcionários, se os cabelos estão presos, se há higiene nas unhas, nos aventais e também nos objetos de trabalho.
  • – Reconheça os tipos de contaminação: a física é a que você pode ver, como, por exemplo, cabelo na comida. A biológica é a causada por fungos, bactérias e vermes. A química é causada por produtos que ficam próximo ou em contato com o alimento, como os produtos de limpeza.
  • – Ninguém lembra do perigo do self-service. Muitas pessoas passam por ali, e nem sempre os alimentos são protegidos. Nesse caso, evite alimentos gordurosos e maionese, que estragam facilmente no verão.
  • – Confira se o lacre das bebidas não foi violado, nunca beba água da torneira e verifique se as bebidas à base de leite estão devidamente refrigeradas.


Quando o assunto é aproveitar o verão, todo cuidado é pouco. Fique atenta e bom verão!

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